Bolinho sem glúten e vegan

Bolinho de abobrinha, sem glúten, leite e ovos. Receita fácil e que as crianças adoram fazer e comer.

Panqueca

Massa versátil e fácil.

Cuscuz paulista

Uma receita original, sem glúten, sem leite e sem ovo.

Hambúrguer com legumes

Receita ideal para crianças que tem dificuldade de comer legumes.

Pão sem glúten e vegan

Pão sem glúten, leite e ovos. Receita super fácil!

Entender para fazer

Série de publicações que dão dicas de como receber bem alguém com restrições alimentares. Simples e fácil.

Você não tem cara de celíaco.

Mas será que celíaco tem cara?

28 de out. de 2015

Nhoque de abóbora, sem glúten, leite e ovo


Aproveitei a inspiração do dia das bruxas, e fiz um nhoque de abóbora. 
Ficou muito bom, e as crianças adoraram a cor da massa.
Receita fácil, sem glúten, sem leite, sem ovo.
Experimente também!

PS:Na foto o queijo ralado que aparece é o queijo vegan da Super Bom.


Ingredientes
500 g de abóbora cortada em cubos
1 col. sopa de margarina
1 xíc. de amido de milho

Modo de fazer 
Cozinhe a abóbora em água e sal até ficarem macias. Escorra-as e amasse-as até formar um purê. Deixe amornar.
Junte no purê a margarina e o amido de milho e misture com as mãos até obter uma massa lisa e homogênea.
Se a massa ficar muito mole, acrescente um pouco mais de farinha. 
Pegue a massa e modele cordões, corte-os em pedaços e coloque-os em um refratário untado.
Em uma panela, coloque água e leve ao fogo até ferver.
Coloque os nhoques aos poucos para cozinhar, quando subirem retire-os com uma escumadeira.


Existe margarina e creme vegetal sem leite?

A resposta é sim, existe margarina sem leite. Não costumo divulgar marcas, porque a composição e os rótulos se alteram, e eu não consigo acompanhar essa tipo de atualização aqui no blog, e nem é este o objetivo do blog.
As pessoas devem assumir para si a responsabilidade de ler e verificar o rótulos dos produtos, se houver dúvida, entrar em contato com o SAC.
Eu compro uma marca de margarina sem leite, encontrada facilmente no mercado.
Se você não for alérgico ou intolerante a leite, ou vegan, pode optar por manteiga.
Caso você não encontre a margarina sem leite, ou não goste de margarina, pode substituí-la nesta receita por azeite. Acrescente o azeite aos poucos até conseguir o ponto da massa.

22 de out. de 2015

Kibe de quinoa, assado e sem glúten


Nunca havia tentado fazer kibe sem glúten, aqui em casa eu e meu marido não somos fãs de kibe, e meus filhos nem sabiam que isso existia...
Mas agora os meninos almoçam de vez em quando na escola, e eu tento seguir o cardápio.
E um dia era dia de kibe, e lá fui eu procurar alguma receita sem glúten.
Achei várias, com arroz integral, com grão de bico, com quinoa, com lentilha, com canjiquinha...uma infinidade de opções!
Optei por quinoa, pois acredito que esse grão dê a textura mais próxima da versão original, e também porque aqui em casa, todo mundo gosta de quinoa.
Depois de ver tantas receitas, fiz um mix na minha cabeça, e aqui está a minha versão de kibe sem glúten.
É uma receita simples, rápida e muito saborosa. Ainda vou testar uma versão vegana.
Preferi fazer no forno, mas também dá certo fazer no formato tradicional e fritar.
Ótima opção para aniversários!

Ingredientes

1 cebola média
folhas de hortelã e manjericão ( usei só manjericão, pois meus filhos não gostam de hortelã)
sal a gosto
500g de carne moída ( usei patinho por ser uma carne mais magra)
1 xíc. de quinoa cozida
azeite de oliva

Modo de preparo

Cozinhe a quinoa, veja aqui como fazer.
Coloque a cebola e as folhas de hortelã e manjericão no processador e bata até virar uma pasta.
Em uma vasilha misture a carne moída, a pasta de cebola e ervas e o sal.
Acrescente a quinoa já cozida e fria.
Misture até ficar uma massa homogênea.
Em um refratário de vidro, untado com azeita, espalhe a massa. Deixe com uma altura de aproximadamente 2 dedos.
Depois com um pincel culinário, espalhe azeite de oliva por cima da massa.
Corte em losangos antes de assar.
Leve ao forno pré-aquecido, a 230ºC, por 30 min.
Quando terminar de assar, vai sobrar um pouco de água no refratário.
Tire do forno e espere alguns minutos, a água será absorvida pelo kibe assado, isso fará com que ele fique bem macio. 

10 de out. de 2015

Um coração aberto é uma mente aberta

Ou como eu acordei para as dificuldades da Inclusão

Conviver com pessoas com algum tipo de deficiência ou limitação sempre foi natural para mim.
Acredito que essa naturalidade se deve um pouco a minha personalidade e muito aos ambientes e pessoas com as quais convivi.
Estudei muitos anos em uma escola pública onde havia alunos deficientes. Isso não era tratado como algo extraordinário. Era normal.
Na minha classe tinha um garoto deficiente visual, e as crianças quase que brigavam para ajudá-lo, a professora que tinha que fazer uma escala!
Nessa escola os deficientes auditivos tinha uma classe só deles, mas a turma deles era para nós uma outra turma qualquer, não era "a classe dos surdos".
Para as crianças não importava a diferença, e para mim, a diferença era algo normal, e não algo que me afastasse das pessoas.
Agradeço imensamente ter tido a oportunidade de estudar e brincar com essas crianças, pois isso fez de mim uma pessoa mais tolerante.
Mas o meu olhar de criança e adolescente não foi suficientemente profundo para perceber o quanto a vida dos meus colegas de escola poderia ser difícil.
Quem é diferente nem sempre é aceito.
Demorei para perceber conscientemente a profundidade desse "não ser aceito", por mais óbvio que isso seja.
Esse acordar aconteceu antes de descobrir a doença celíaca.
Eu já tinha sofrido um aborto e tentei engravidar durante meses, até que enfim conseguimos.
Como a família tinha ficado bastante decepcionada com a primeira gestação, e como sabíamos que o risco de aborto era real, decidimos não contar.
Durante a gestação tive que fazer diversos exames, e muitos deles eu nem sabia exatamente o que procuravam, mas se era para o bem do bebê, eu pensava: "Vamos lá!"
Um dia fui fazer um ultrasson, e no final do exame o médico cheio de cuidados e explicações me disse que a medida da TN estava alterada.
Como eu não tinha a menor ideia do que se tratava, falei ok.
No mesmo dia eu tinha consulta, e chegando no consultório, a médica já me aguardava.
Ela me explicou que a medida da TN (Transluscência nucal) é uma medida de referência. E que uma medida alterada pode indicar algum tipo de problema no bebê, como por exemplo Síndrome de Down.
Eu continuei calma, e só perguntei: "O bebê está bem?"
Ela me disse que sim, e me perguntou se queria fazer mais exames para confirmar ou descartar os problemas. Me explicou que alguns exames eram invasivos e que um deles tinha risco de aborto.
Respondi que não era necessário, e fui para casa feliz da vida. Afinal meu bebê estava bem.
Naquela semana, a família descobriu a minha gravidez.
Ainda assim eu e meu marido decidimos não contar como a gestão estava difícil, para evitar que eles ficassem tensos e nos deixassem tensos.
Minhas gestações foram todas complicadas, sempre com o risco de aborto, fiquei de repouso em todas elas e tive que tomar várias medicações. E apesar de tudo, eu me sentia tranquila, e não queria que as pessoas se preocupassem.
Mas naquela semana eles descobriram a gestação!
Uma pessoa da família telefonou, e quis saber se era verdade que eu estava grávida. Eu confirmei.
Logo na sequência, a pessoa me perguntou se  a medida da TN estava normal.
Respondi que sim. E então eu ouvi a frase que me acordou...
"Que bom! Então agora eu posso te dar os parabéns!"
Eu fiquei tão chocada, tão pega de surpresa, que só tive forças para dizer que precisava desligar.
Lembro que senti vontade de vomitar.
Não porque eu tivesse medo pelo meu filho, mas porque a revolta em mim era muito grande.
Na verdade durante todas as minhas gestações meu único medo era de que eles não sobrevivessem.
Por diversas vezes durante as minhas gestações apareceram problemas e exames alterados, mas nunca senti medo ou apreensão em relação a problemas desse tipo.
Sabia que os riscos eram reais, mas também sentia que meu amor já era capaz de superar qualquer dificuldade, pois aqueles bebês, mesmo com poucos centímetros, já era meus filhos amados, independente das diferenças que pudessem carregar.
E por isso mesmo, a pergunta que eu me fazia sem parar era, por que os pais de uma criança deficiente não mereciam os parabéns? 
Essa pergunta rondou a minha cabeça durante muito tempo, e eu comecei a observar tudo com outros olhos e comecei a ver detalhes que antes não percebia.
As pessoas que pensam como esse familiar que me telefonou, infelizmente enxergam os seres humanos como objetos.
Objetos que não seguem um padrão, são objetos defeituosos, portanto sem qualidade.
Isso dói demais. Saber que os seres humanos não se reconhecem como únicos, que não conseguem entender o outro, que não conseguem aprender com as diferenças e as dificuldades.
Mas esse episódio foi ótimo. Me fez perceber o lado cruel da vida dos deficientes.
Eu sempre soube, desde de criança que os problemas existiam. Mas eu não tinha ideia do tamanho da crueldade.
Hoje eu sou uma pessoa mais consciente, mais atenta a isso. Mas ainda não consegui me acostumar a essa crueldade, e nem quero.
Todos temos preconceitos embutidos, mas é a consciência de si mesmo, é nesse confronto com o nosso lado escuro, com a dor, que podemos nos recuperar. É na vontade de aprender com o outro que podemos descobrir uma versão melhor de nós mesmos. Todos temos restrições e limitações.


7 de out. de 2015

TELETON 2015 - Vamos ajudar a AACD transformar vidas!


Apoio o TELETON desde o seu início no Brasil, porque admiro a AACD.
A AACD é uma entidade filantrópica que realiza 1,5 milhão de atendimentos por ano. São 13 unidades espalhadas por todo Brasil,
Muitos brasileiros são beneficiados por esses atendimentos, não somente crianças, mas jovens e adultos também.
Este ano resolvi fazer uma publicação aqui no Quitanda sem glúten, para incentivar as pessoas a doarem e apoiarem os projetos da AACD.
O TELETON é um programa de TV que vai ao ar nos dias 23 e 24 de outubro, e que o objetivo é arrecadar doações para a AACD. As doações podem ser feitas por telefone.
Mas não é só através do TELETON que podemos auxiliar a AACD, durante todo o ano são disponibilizados outros meios para doação, você pode doar sua Nota Fiscal Paulista, redirecionar parte do imposto de renda devido, pode doar produtos, ou ainda pode ser um voluntário.
Para conhecer mais sobre o trabalho realizado na AACD e escolher a melhor forma de ajudar, acesse o site da AACD