Bolinho sem glúten e vegan

Bolinho de abobrinha, sem glúten, leite e ovos. Receita fácil e que as crianças adoram fazer e comer.

Panqueca

Massa versátil e fácil.

Cuscuz paulista

Uma receita original, sem glúten, sem leite e sem ovo.

Hambúrguer com legumes

Receita ideal para crianças que tem dificuldade de comer legumes.

Pão sem glúten e vegan

Pão sem glúten, leite e ovos. Receita super fácil!

Entender para fazer

Série de publicações que dão dicas de como receber bem alguém com restrições alimentares. Simples e fácil.

Você não tem cara de celíaco.

Mas será que celíaco tem cara?

1 de set. de 2015

O que tem dentro de você?

A maldade conta sempre com os omissos, são eles a grande força.
Cada vez que nos calamos, e fingimos não ver ou quando simplesmente dizemos: "Isso não muda a minha vida." Nos tornamos a força da maldade.
Meu filho estudava em um escola Waldorf, em Campinas, e fomos sutilmente expulsos da escola porque algumas famílias achavam muito trabalhoso nos avisar quando resolvessem enviar lanche coletivo diferente do cardápio sugerido pela escola.
Observem que as famílias não precisavam fornecer o lanche sem glúten para o meu filho, elas apenas precisavam nos avisar para que nós mesmo providenciássemos o lanche.
Meu filho ficou diversas vezes sem lanche. 
Pedi uma atitude da escola, reclamei, briguei com a escola. Exatamente nesta ordem. Mas a escola criticava as famílias que não nos avisavam, mas faltava coragem para cobrá-las diretamente.
Só quando fui pedir aos pais que não se esquecessem de nos avisar, pois meu filho estava ficando sem lanche, a escola resolveu fazer algo por que algumas famílias ficaram ofendidas.
A escola omissa resolveu fazer uma votação entre os pais. Nunca entendi isso, afinal se o lanche coletivo é uma atividade pedagógica na escola Waldorf, porque os pais é quem devem decidir?
E eles decidiram por manter tudo como estava, afinal, ser celíaco é um "problema" nosso, e não deles.
Embora o lanche fosse coletivo,  a solução proposta é que meu filho levasse todo o dia o dele, pois esse papo de inclusão dá muito trabalho. Mais fácil excluir.
Não se esqueçam que era uma Waldorf, que diz ver e entender cada ser humano como um indivíduo, que deve ser respeitado, amado e acolhido.
Fomos sutilmente expulsos.
Alguns pais diziam que achavam um absurdo essa situação, mas não se posicionavam publicamente, e seguiam a manada, por questões políticas, financeiras e sociais.
A escola fazia exatamente a mesma coisa. Afinal nós não eramos amigos pessoais de ninguém da direção da escola, assim como também não temos grande valor financeiro...

Mas isso não acontece só em escola Waldorf, aliás, isso não acontece só em escolas...
Acontece também na empresa, na instituição religiosa, na família...
Por algum interesse, pra não ficar mal com a maioria, por comodidade, as pessoas sabem que a situação é errada, é injusta, mas simplesmente se calam.
Você diz que é a favor de inclusão.  Que ótimo!
Menos na escola dos seus filhos, porque daí vai te dar um trabalhão, vai atrapalhar o andamento da aula...mas ainda assim, acha lindo a propaganda que a comunidade aprendeu libras por causa do vizinho surdo. Ah! Se todo mundo fosse como essa comunidade, não é mesmo?
A humanidade está superficial...o que há dentro de nós? Por que tanto descompasso?
Por que tanta preocupação em ostentar bondade e amor, mas pouca preocupação em ser bondoso e amoroso?
O que você diz está de acordo com o que faz no seu dia-a-dia?
Qual o caminho para a felicidade, parecer ou ser?




PS: Pra quem ficou curioso. Hoje meu filho estuda em uma escola que não é Waldorf. Está muito bem, integrado e feliz. Diferente da escola anterior, pensar, sentir e agir realmente estão em harmonia.